Estiveram presentes na reunião, além do secretário de saúde e os conselheiros, vereadores, a diretoria do hospital e pessoas da comunidade. A reunião ordinária do Conselho Municipal de Saúde foi realizada na segunda-feira, 23, no Auditório do Gralha Azul. Esses encontros acontecem com o objetivo de aprovar, apresentar e discutir assuntos referentes à saúde pública de Piraí do Sul. Os conselheiros levam sugestões de pautas de acordo com as necessidades dos seguimentos que representam. Esta última reunião teve uma pauta extensa e polêmica. Nos tópicos para aprovação, o aumento do número de equipes de saúde da família e de saúde bucal foi aprovado por unanimidade. Esse crescimento da quantidade de equipes se faz necessário como por exemplo, só na área da UBS Maíra Milléo Weigert, passa de 7 mil pessoas cadastradas, o que dificulta em muito o atendimento por uma única equipe de saúde. A reativação de urnas nas UBS para coleta de sugestões e reclamações dos serviços da saúde não foi aprovada pelos conselheiros. Entre os tópicos para apresentação e encaminhamentos, destaque para a Programação Anual de Saúde – PAS 2020 e um fluxograma municipal para atendimento dos casos suspeitos de sarampo e sobre a campanha de vacinação contra o sarampo que acontecerá em breve. O assunto que tem gerado muita polêmica na cidade nos últimos dias, o suposto fechamento do hospital, também foi apresentado, amplamente discutido e esclarecido nesta reunião. Foi esclarecido sobre a composição de uma comissão de conselheiros de saúde que realizou, durante 60 dias, um amplo levantamento da real situação do hospital Santo Antônio, desde custos até a efetividade e resolutividade dos serviços prestados naquele espaço, com o objetivo de se iniciar uma discussão sobre a viabilidade de se manter os serviços e levantar as possibilidades de melhorias. Para fortalecer o trabalho, a comissão decidiu aplicar um questionário de pesquisa de opinião pública sobre o hospital, seu funcionamento e se as pessoas estão contentes ou não com os serviços prestados lá. Com o auxílio dos Agentes Comunitários de Saúde a pesquisa foi realizada e nesta reunião o relatório de avaliação foi apresentado. Segundo o relatório, a maioria dos entrevistados quer manter o setor de internamentos do Hospital Municipal Santo Antônio, entretanto não recomendaria o hospital para um parente ou amigo. Além dessa constatação muitos outros pontos divergentes também foram observados. De acordo com o Secretário Municipal de Saúde, Julio Sandrini, em nenhum momento se cogitou a possibilidade de fechamento do hospital, muito pelo contrário, o que se busca é fortalecer o Pronto Atendimento do hospital com mais equipamentos e equipe com número suficiente de profissionais para evitar a sobrecarga de trabalho que os mesmos vem tendo diuturnamente naquele serviço. O Secretário esclarece que “a Unidade de Pronto Atendimento do Hospital Santo Antônio, prioriza e atende durante 24 horas casos de emergências, de diversas áreas. Localizado na porta principal de chegada do hospital, o Pronto Atendimento conta com o profissionalismo de equipe médica e de enfermagem que desde a chegada do paciente busca o diagnóstico do caso específico, e assim viabilizando os encaminhamentos necessários.” Para o diretor técnico do hospital, o médico Ernesto Comelli, “além de profissionais capacitados, equipamentos modernos que proporcionem um resultado rápido e preciso também são importantes no setor de emergência. Mas para isso é necessário haver uma otimização de recurso, especialmente no serviço público.” Danielli Mendes da Silva, presidente do Conselho Municipal de Saúde destaca que, “a conclusão da Comissão é que o hospital atualmente representa uma fatia elevada dos gastos da saúde pública municipal. Dada a baixa resolutividade do mesmo, se torna necessário algum tipo de intervenção que possa reverter esse quadro.” Categorias: Saúde,
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