Quinto dia sem energia na zona rural de Piraí do Sul agrava prejuízos e expõe fragilidade no atendimento da Copel

Produtores rurais de Piraí do Sul enfrentam, pelo quinto dia consecutivo, a falta de energia elétrica em diversas localidades da zona rural. O problema tem gerado prejuízos econômicos, dificuldades no abastecimento de água e riscos à manutenção das atividades básicas no campo, especialmente para quem depende de sistemas elétricos para ordenha, refrigeração e bombeamento de água.

Segundo relatos de moradores, a interrupção prolongada do fornecimento comprometeu a rotina das propriedades e colocou em risco o bem-estar dos animais, já que, sem energia, bombas e equipamentos essenciais permanecem inoperantes. A demora na normalização do serviço tem causado preocupação e indignação entre os produtores, que afirmam já ter registrado solicitações de reparo sem retorno efetivo.

Diante do cenário, a Prefeitura de Piraí do Sul passou a atuar de forma emergencial, mobilizando caminhões-pipa para garantir o fornecimento de água aos animais e minimizar perdas ainda maiores no meio rural. A ação busca atender, sobretudo, propriedades mais afetadas, enquanto aguardam o restabelecimento da energia.

Além das medidas emergenciais, o prefeito de Piraí do Sul, Henrique Carneiro, anunciou a intenção de articular uma ação conjunta com os moradores atingidos, com o objetivo de buscar o ressarcimento das perdas e dos danos causados pela interrupção prolongada do fornecimento de energia. A proposta é orientar os produtores para a formação de uma ação coletiva, reunindo relatos, registros e comprovações dos prejuízos enfrentados.

A situação chama atenção para a responsabilidade da concessionária Copel, cuja atuação tem sido questionada pelos moradores em razão do tempo de resposta. Em áreas onde a produção rural depende diretamente do fornecimento contínuo de energia, interrupções prolongadas impactam não apenas famílias, mas toda a cadeia produtiva local.

Até o momento, os produtores aguardam uma solução definitiva. Enquanto isso, o campo segue operando no limite, sustentado por ações emergenciais e pela expectativa de que o serviço seja restabelecido com a urgência que o caso exige.