Unidades Básicas de Saúde são decoradas para lembrar a importância da amamentação nas primeiras horas de vida da criança.     Amamentar traz inúmeros benefícios já conhecidos por todos. Há um esforço internacional para divulgar os ganhos do aleitamento materno, tanto para o bebê, quanto para a mãe e, até para a saúde pública. Há mais de 20 anos, a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) se juntaram para incentivar e criar as condições para que as mães, no mundo todo, se sintam cada vez mais encorajadas e confortáveis para amamentarem seus filhos. Assim teve início a Semana Mundial do Aleitamento Materno, celebrada entre os dias 1 a 7 de agosto, em vários países. O Brasil estendeu a campanha para todo o mês, estabelecendo assim, o agosto Dourado.  Para ampliar ainda mais o alcance e reforçar as ações, em 2017, a Lei n.º 13.435 instituiu o mês de agosto como o Mês do Aleitamento Materno, no calendário oficial do País. Incentivo à amamentação A Campanha do “Agosto Dourado” prevê a realização de ações educativas divulgadas especialmente nos meios de comunicação e afixação de cartazes e folhetos educativos em órgãos públicos, realização de eventos e palestras. A cor escolhida é uma alusão ao “padrão ouro de qualidade”, conferido ao leite materno para a nutrição dos recém-nascidos. O alimento contém todos os nutrientes, proteínas, água, açúcares e vitaminas necessários para o desenvolvimento do bebê nos primeiros meses de vida. E mais: é um alimento que salva vidas, por isso, entre outros motivos, a insistência no aleitamento materno. O caderno “Saúde da Criança: aleitamento materno e alimentação complementar” elaborado pelo Ministério da Saúde, ressalta que a amamentação é um processo que envolve importante interação entre mãe e filho, com repercussões em sua habilidade de se defender de infecções e no seu desenvolvimento cognitivo e emocional, além de ter implicações na saúde física e psíquica da mãe. Amamentação na pandemia Até o momento, não há constatação científica significativa publicada que estabeleça nexo causal entre a transmissão do SARS-CoV-2 e a amamentação. Parece improvável, portanto, que a doença seja transmitida por intermédio do leite materno, seja através da amamentação ou pela oferta do leite extraído por uma mãe que é confirmada/suspeita de ter Covid-19. Em todos os contextos socioeconômicos, a amamentação melhora a sobrevivência e traz benefícios tanto para a saúde da mulher quanto da criança ao longo da vida. Como não há evidência científica sobre a transmissão da Covid-19 através do leite materno, não há razão para evitar ou interromper a amamentação. As orientações continuam sendo praticamente as mesmas, durante a pandemia, apenas os cuidados como usar máscara, lavar bem as mãos, manter o tão difícil, nesse momento, distanciamento social. Alguns estudos já apontam que o leite materno pode ser uma possível proteção para o bebê também contra o coronavírus. O leite de mães lactantes pode conter anticorpos específicos contra a proteína spike do SARS-COV-2. A presença desses anticorpos indica que as mães podem transmitir imunidade viral a seus filhos. “Agosto Dourado” em Piraí do Sul Por causa da pandemia, as atividades da campanha, pelo segundo ano consecutivo, foram reduzidas e adaptadas, principalmente, para o ambiente digital. A Secretaria Municipal de Saúde optou por realizar rodas de conversa presenciais em cada UBS separadamente, com agendamento prévio e se tomando todas as medidas de segurança recomendadas. O primeiro encontro aconteceu na segunda-feira dia 2 de agosto, na UBS Marcos Milléo e na sequência UBS Maíra Milléo Weigert, UBS Thereza Vianna, UBS Dr. Lalá, encerrando a semana na UBS Dr. Jorge Miguel. As unidades de saúde da rede pública de saúde do Município continuam no clima do Agosto Dourado até o final do mês. Utilizando-se balões, cartazes e adereços, os espaços foram decorados com a cor do movimento mundial. “As Unidades Básicas de Saúde se mobilizaram para essa importante campanha, e é isso que a Secretaria de Saúde deseja: que todos os profissionais estejam envolvidos tanto na divulgação quanto na orientação a cada paciente”, afirma o Secretário Municipal de Saúde, Julio Sandrini. A enfermeira Carla Iezak lembra que “as campanhas de divulgação e esclarecimentos à população usuária do SUS no município já fazem parte da rotina anual dos servidores da Secretaria de Saúde. As equipes multidisciplinares que atuam nessas unidades já orientam as mulheres a amamentarem seus bebês logo após o nascimento”. Taisa de Lara, nutricionista da Secretaria Municipal de Saúde destaca que “a amamentação nas primeiras horas de vida da criança tem um efeito protetor. O primeiro leite que a mãe produz – o colostro, rico em proteínas e anticorpos –, pode ser considerado a primeira “vacina” do bebê, pois confere proteção e tem papel fundamental no desenvolvimento do sistema imunológico do recém-nascido”. A Campanha do “Agosto Dourado” se estenderá até o dia 31 de agosto em todas as Unidades de Saúde do município. Categorias: Saúde,